Muito se fala a respeito do Green Building ou construção sustentável, mas a pergunta que devemos fazer é o que realmente isso significa? O quanto este conceito não passa apenas de uma jogada de marketing para aumentar as vendas de novos empreendimentos? Quantos empreendimentos podem ser efetivamente considerados construções sustentáveis?
Muitos edificações acabam utilizando um “verniz verde” chamado de greenwashing que na verdade não tem relação nenhuma com a uma obra sustentável, e como podemos na prática identificar uma obra verde?
Por definição, uma construção sustentável é um espaço construído que utiliza conceitos e procedimentos de sustentabilidade ambiental em sua concepção, construção e operação, gerando benefícios econômicos e à saúde.
Podemos identificar esses tipos de edificações por meio do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) que consiste em um sistema de pontuação utilizado para certificar um Green Building, desta forma é assegurado que a construção foi realizada utilizando conceitos da sustentabilidade. Segundo dados da Green Building Council Brasil, o Brasil vive uma fase de grande crescimento na área de construção sustentável com cerca de 700 empreendimentos em processo de certificação, sendo o país que mais procura por este tipo de certificação na América Latina e ocupa a quarta posição no ranking mundial em número de registros para esse tipo de empreendimentos.
Há um mito de que construções sustentáveis são caras, no entanto podemos realizar uma obra sem que os gastos sejam exorbitantes e devemos levar em consideração que teremos um grande retorno econômico a médio e longo prazo. Estima-se que obras mais sofisticadas podem sair em torno 5% a 10% mais caras para obras comerciais e 2% a 4% em residenciais.
Pouco a pouco a construção civil começa a demostrar que esta se adaptando aos conceitos da sustentabilidade, mais por exigência do mercado consumidor do que por conscientização do próprio setor. Infelizmente, por mais importante que este assunto seja, este conceito de obra verde ainda é pouco explorado por empresas, profissionais e universidades.
