A NBR 15.575 entrou em vigor em julho e mesmo sendo revisada e debatida durante anos, ainda gera muitas dúvidas para arquitetos, projetistas e engenheiros de obra. Visando sanar dúvidas quanto às alterações que ocorreram, a revista Téchne junto aos relatores da norma detalharam algumas partes da NBR 15.575. Confira:
Parte 1: Requisitos Gerais
Trata-se de uma orientação geral, funcionando como um índice de referência remetendo, sempre que possível, às partes específicas (estrutura, pisos, vedações verticais, coberturas e sistemas hidro sanitários). Traz aspectos de natureza geral e critérios que envolvem a norma como um todo. É apresentado o conceito de vida útil do projeto, definição de responsabilidades e parâmetros de desempenhos mínimos (compulsório), intermediários e superiores.
Parte 2: Estrutura
A parte 2 trata dos requisitos para os sistemas estruturais de edificações habitacionais, estabelecendo quais são os critérios de estabilidade e resistência do imóvel, indicando métodos para medir quais os tipos de impacto que a estrutura deve suportar sem que hajafalhas ou rachaduras.
Parte 3: Sistemas de Piso
O texto normatiza tanto os sistemas de pisos internos, mas também os externos, além da nos dar uma definição mais clara do sistema de pisos como a combinação de diversos elementos, incluindo o contrapiso. Traz também definições mais claras para coeficiente de atrito e resistência ao escorregamento.
Parte 4: Vedações Verticais
Estes desempenhos referem-se a requisitos como o não vazamento do ar, à água, a rajadas de ventos e ao conforto acústico e térmico. Esta parte sofreu muitas alterações desde a sua publicação em 2008 algumas das principais mudanças, de acordo com Claudio Mitidiei Filho, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e relator dessa parte da norma, foram à adequação de critérios relativos ao desempenho estrutural e a inclusão dos critérios relativos à segurança ao fogo. Quanto ao desempenho estrutural, a revisão melhoroua definição de quais eram os critérios aplicáveis ao estado limite último, de ruína, e quais eram aplicáveis ao estado limite de serviço ou de utilização.
Parte 5: Coberturas
Não ocorreram grandes alterações relativas aos sistemas de coberturas, mas sim aprimoramentos em relação a outras normas. Entre os principais requisitos estão os que tratam da reação ao fogo dos materiais de revestimento e acabamento e da resistência ao fogo do sistema de cobertura. Na qual a norma determina que a resistência ao fogo da estrutura da cobertura atenda às exigências da NBR 14.432, considerando um valor mínimo de 30 minutos.
Parte 6: Sistemas Hidrossanitários
Compreende os sistemas prediais de água fria e de água quente, de esgoto sanitário, ventilação e sistemas prediais de águas pluviais. Esta parte explora conceitos como a durabilidade dos sistemas, a previsão e antecipação de critérios para a manutenção da edificação e suas partes, bem como o funcionamento dos sistemas hidrossanitários. Além de considerações sobre a separação física dos sistemas de água fria potável.